segunda-feira, julho 12, 2004

Postes do Metro

Quem é que já não andou de Metro e se perguntou:
"Para que é que servem aqueles postes de metal no corredor mesmo em frente às portas de entrada da carruagem?
Certamente para se segurar claro, mas as camionetas tambem têm diversos sitios para agente (da policia, claro) se segurar, e nenhum deles parece um poste de um qualquer bar de strip nocturno ...

A minha pergunta é, para que é que eles estão lá, e não outra qualquer forma de metal?

Posso tentar responder a esta pergunta com várias teorias:

1ª Durante a noite, as carruagens de Metro transformam-se em bares de strip frequentada por uma elite que não contra o segredo para ninguem.

2ª As carruagens já foram projectadas para quando já não servissem serem vendidas a casas de strip, quem era o Sr. Chulo que não gostava de ter uma carruagem de metro com 16 lugares, para convidar os seus clientes mais especiais para reuniões de negocios, etc.. enquanto que a sua bailarina preferida trabalhava naquele poste central, estrategicamente colocado...

3ª E a mais obvia, é um claro apelo à pornografia e ao incitamento sexual que domina a sociedade de hoje em dia onde o consumo é o unico valor. E onde o sexo é mais um produto para venda imediata.
Digo isto porque são cada vez mais as descrições eroticas passadas em locais publicos como o metro e coisas assim (pelo menos foi o que um amigo de um primo meu me disse, porque eu não costumo ler historias eroticas...)
Mas agora digam lá, quais de voces é que não saiem do Metro depois de ver uma loira do outro mundo agarradinha ao Poste de Aço, e vão direitinhos a uma sex shop comprar o ultimo filme da Jenna Jameson (eu não sei, foi um amigo meu que me disse o nome...), ou pior que isso vão a uma loja de roupa interior comprar umas cuecas Calvin Klein daquelas apertadas, quem nem deixa o sangue circular nos tomates, só porque as gaijas gostam mais?

Meus senhores, temos que nos revoltar contra o sistema opressivo, ditaturial, consumuista e manipulador de massas em que vivemos, não queremos que o sexo seja vendido como um par de tenis (até porque os ténis ultimamente andam muito caros...).

Queremos maior igualdade, entre-ajuda, e os valores certos (paz e amor e cenas assim...) e menos intoxicação massificada de produtos maleficos para o bem-estar humano e para o equilibrio do ser humano com a mãe Natureza.

Carlos Pina, O Homem que fica por cima.

Férias e outras coisas mais ...

Os ultimos dias foram, como podem constatar de ausencia fisica de acesso à Internet, as chamadas férias em locais ermos e distantes...

Andei a passear e não tive sequer um grama de silicio para satisfazer a minha necessidade natural de Wanabe-Eng. Informatico.

E parece que esta dormencia no Blog é para continuar, já que agora é que começam oficialmente as férias...

Algarve, Costa da Caparica, etc, etc ...

Vou-vos deixar temporariamente e por isso preciso de candidatos a colaboradores...

Basta deixar o vosso mail ai num comentario que eu depois entro em contacto com voces...
Mandam-me uns 2/3 textos exemplificativos e se eu gostar ganham a oportunidade de escrever neste curtinho e novinho Blog... Sempre a Crescer.

Com Colaboração,
Carlos Pina, o Blog que não termina


sexta-feira, julho 02, 2004

A Dor

Às vezes, certas ocasiões, certos momentos, certas pessoas, certos sentimentos, fazem com a nossa mente tenha certas ideias que saiem disparadas como tiros de metralhadora, uma apos outra, todas interligadas entre si, que dificilmente as conseguimos coomprender, e que dificilmente sabemos o que significam. Como que um mecanismo que é despoltado sem sabermos porquê, surgem ideias do nada, sem sabermos como ...
Quando conseguimos captar essas ideias, e as transformamos em musica, em palavras, em formas ou em cores, etc... Costumam ser designados como momentos de "criação" onde algo novo ganha vida, onde um momento é muito mais que o simples bater do relogio... É um desses momentos que quero partilhar com voces:


A dor

A dor não tem intensidade, não tem diferencia de potencia, não tem cheiro, não tem sabor. Porque toda a dor é igual, porque a dor não se compara. A dor não tem memória, não tem cor. A dor não é um chupa-chupa que depois de acabar deixa aquele sabor na boca e aquela cor na lingua... A dor não deixa rastro, não deixa marcas. A dor é o momento, porque na proxima semana já lá não está, na proxima semana já tudo passou.
E a dor que vem na proxima semana, nada tem a ver com a de hoje, porque hoje sinto essa dor, e amanhã outra dor sentirei... Nem igual nem diferente, apenas sentirei dor, por este motivo, ou por outro qualquer, apenas dor...
As palavras estampadas na cara das pessoas, ou na essencia da vida que nos tenta dizer: "Eu odeio-te!"
Estas palavras repetidas vezes sem conta, nas paredes, nos carros, nas janelas. E é então que uma luz negra ilumina a minha mente: a aceitação da dor, a procura de estados mentais compativeis com a dor, a falsa sensação de alegria por fora, para combater a tristeza por dentro.
Mas um dia essa dor cessa, e algo cá dentro pede mais, mais dor para acalmar meu espirito, mais sofrimento para atingir estados minimos de consciencia, menos razão,mais sentimentos, menos alegria, mais tristeza. É isto que acontece quando vimos por breves momentos a realidade. Mas não, não quero sair daqui, quero ficar aqui a sofrer na minha inconsciencia, quero ficar aqui a cortir a solidão, a melancolia... Só quero sair daqui quando tudo ai fora ficar perfeito, divino!
E nessa altura quero que seja ela a acordar-me do pesadelo, enquanto que os meus amigos, que sempre serão amigos, mas que nada podem fazer agora, porque eu nada quero, porque eu não me sinto. E só me quero voltar a sentir, quando ela me vier buscar, me abrir os olhos, me levantar e me mostrar o camimnho, para que ai sim, eu siga com ela eternamente a estrada da vida. Mas até lá, não quero ver ninguem, não quero conversar com ninguem, a não ser os dialogos comigo proprio nos momentos de loucura. Não quero ouvir os gritos de ninguem a não ser os meus, nao quero ver a dor de ninguem,a não ser a minha. Até lá, não quero que ninguem mexa no meu casulo e me tire daqui.