Ontem encontrei-me com uns primos meus emigrados no Luxemburgo e que como bons emigrantes vieram este verão ver a família, fomos fazer o passeio dos tristes até ao Parque das Nações e os mais novos logo reconheceram que ali em tempos houve vulcões que cuspiam água (para quem não se lembra, está ali em cima a fotografia) e eu expliquei-lhes: “Devido à grande seca que se vive em Portugal foram tomadas medidas para se evitar o desperdício de água, várias piscinas foram fechadas e foram divulgados anúncios na televisão para os consumidores evitarem o desperdício de água. Por isso os vulcões devem estar secos”.
Mas como era o passeio dos tristes resolvemos ir até lá dar uma volta... E não é que os vulcões continuavam activos? De poucos em poucos minutos uma enorme erupção de água molhava todos os que tivessem próximos do vulcão, para delírio dos miúdos que rapidamente vestiram o fato de banho e aproveitaram umas quantas erupções para se refrescarem.
Sinceramente preferia ter perdido estes momentos de diversão com os meus primos, preferia que os “camones” chegassem ao Parque das Nações e dissessem “Não nos podemos refrescar porque o país está a atravessar uma grande seca.” Mas pelos vistos a seca não chega ao Portugal do Turismo, só ao “Portugal Profundo” como alguns lhe chamam, quero ver com que cara é que vamos pedir o estado de calamidade para o Alentejo à UE, quando a uns 50/100 km acima se atiram para o ar uns valentes litros de água.
Obviamente que não vou ficar parado, e cumprindo o dever de um Blog de serviço público, este texto vai seguir directamente para o e-mail indicado no Parque das Nações: info[AT]parquedasnacoes.pt e já agora, para ver se isto não fica em águas de bacalhau para uma TV nacional, que não sendo obviamente a TVI, e porque a SIC até tem um mail para o efeito( agua(AT]sic.pt ).
Não reparei, mas espero que a água que em tempos precorreu o tecto do CC Vasco da Gama esteja temporariamente desligada...
Abraços e Boas Férias,
Carlos Pina, O Homem que Domina.
